domingo, 28 de junho de 2009

Diálogos imaginários


Quantas vezes me vi sozinha em diálogos imaginários com você.
Seus modos, seu bom gosto e bom senso, a última festa, o cão, o bolo e o tempo. Frases do cotidiano em meio a divagações filosóficas. Seu sorriso sempre nos lábios, suas mãos afagando de leve as minhas.
Diálogos que nunca terminam porque nunca hão de começar, porque estão sempre sendo construídos e reconstruídos todos os dias, aos poucos dentro de mim: na meia luz do quarto, durante o banho demorado do fim da tarde, no meio do telejornal ou na solidão do metrô às nove da manhã de uma segunda-feira.
Palavras, apenas palavras sonhadas, pensadas e sentidas à espera de uma grande oportunidade.

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